Entende-se por avaliação em massa ou avaliação coletiva, o processo de definição de modelos matemáticos, obtidos a partir da realidade dos valores locais, testados e validados estatisticamente e aplicados na avaliação de uma quantidade de imóveis de uma população.
No Brasil um dos principais impostos cobrados pelos municípios é o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), sendo um dos poucos tributos de gerência e competência direta da municipalidade, além do ITBI e ITR. Apesar da sua importância como fonte de receita verifica-se que muitos municípios brasileiros utilizam métodos de estatística descritiva, usando para o cálculo do valor dos imóveis fatores de homogeneização e métodos empíricos predeterminados, sem tentar muitas vezes encontrar um modelo econométrico que considere as reais condições e fatores locais do mercado imobiliário.
A utilização de modelos econométricos adequados permitem a avaliação massiva de bens tanto para fins fiscais como para desapropriações de interesse público, por exemplo.
Dois são os métodos que podem ser aplicados à avaliação em massa de imóveis: método comparativo de dados de mercado e método comparativo de custo de reprodução de benfeitorias. O primeiro utiliza-se de dados de imóveis comercializados em um determinado período que antecede a data do lançamento das plantas de valores genéricos. Já o segundo método, faz uso de tabelas de custos unitários de reprodução das edificações, de acordo com o padrão de construção de cada uma. Neste último método, ainda é levado em conta o fator de depreciação, tendo em vista de que o valor apurado pela tabela é de edificações novas, o que torna necessário aplicar um fator de depreciação que leve em conta a idade da edificação.
Atualmente existem diversas ferramentas disponíveis para realizar a tarefa da avaliação massiva tanto na área rural como urbana. Dentre as técnicas de avaliação utilizadas estão a Regressão Linear Clássica e os Modelos Espaciais com ajuda da Geoestatística para a construção de Plantas de Valores. As plantas de valores e superfícies de tendências são mecanismos práticos para a estimação de valores dos imóveis considerando a sua localização.
Leia mais sobre o assunto nos nossos artigos.
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